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Mercado imobiliário promete melhora no 2º semestre

Autor: - 22/08/2016

O primeiro semestre deste ano foi marcado pelo grande recuo de empresas que adiaram seus lançamentos, uma vez que o consumidor estava muito inseguro para comprar um imóvel diante da crise financeira e política do país. Com os preços congelados e até mesmo em queda, quem tinha dinheiro no bolso pôde fazer bons negócios e conseguir descontos de até 40% e imóveis novos.

Danilo Igliori, professor do Departamento de Economia da USP e chairman do DataZAP, diz que o setor imobiliário foi um dos que mais sofreu desde o final de 2014. Segundo o economista, muitos foram os fatores que influenciaram negativamente. “A taxa de juros subiu, tivemos altos índices de desemprego e as expectativas se deterioraram. A aquisição de um imóvel é uma transação de valor expressivo na vida de uma pessoa”, avalia.

O vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP, Flávio Prando, diz que as grandes construtoras se concentraram em finalizar suas obras e não tiveram pressa para vender suas unidades. “Acredito que resolvida a questão política no Brasil, as empresas vão colocar na rua seus lançamentos adiados do primeiro semestre. Ainda veremos limite de ofertas, mas com um número mais expressivo a partir de agosto”, explica Prando.

O professor de MBA Executivo do Insper, Otto Nogami, avalia que os primeiros seis meses de 2016 foram caracterizados pelo auge da recessão do governo afastado. “Bastava andar pelas ruas e observar a proliferação de placas de vende-se e aluga-se”, lembra. Segundo o economista, o país entrou em um processo de revés muito forte e o mercado imobiliário está diretamente ligado à atividade econômica. “Isso causa um esfriamento, pois muitas empresas quebraram. No entanto, a disponibilidade de imóveis comerciais aumentou”, explica Nogami.

O fantasma do desemprego

O desemprego é um elemento crítico para o mercado, uma vez que as pessoas não têm mais como honrar os seus compromissos e pagar o seu financiamento. Com esse cenário, quem comprou e tem uma dívida com a construtora tenta renegociar ou até mesmo devolve o imóvel. Essa quebra de contrato faz com que as ofertas aumentem e comecem a surgir os descontos.

“O aumento do desemprego tem impacto direto no setor imobiliário. O financiamento representa 30% da renda do consumidor, item que mais pesa no bolso”, diz o economista.

Prando acredita que a partir do segundo semestre haverá uma maior procura por imóveis prontos, pois teremos o início da redução da taxa de juro. “Os bancos vão começar a oferecer créditos de uma maneira menos cara. Quando o clima político melhorar, observaremos reduções que vão facilitar o crédito imobiliário”, diz. Para o vice-presidente do Secovi, o financiamento é uma ferramenta importante que estimula o mercado.

Nogami diz que as pessoas ainda vão precisar se sentir muito mais seguras para que ocorra a retomada do setor imobiliário, pois um imóvel representa um grande investimento. “Quem tem renda média para baixo tende a priorizar a aquisição do automóvel, para depois adquirir o imóvel. Se observarmos uma tendência de crescimento do setor automobilístico por consequência vamos observar o crescimento imobiliário. É um dado curioso”, diz o economista.


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